sábado, 9 de julho de 2011

Metallica

Quando eu estava com doze anos comecei a procurar por um estilo musical que mais pudesse me agradar. Na verdade não precisei passear por muitos estilos até encontrar um estilo que me chamasse pelo nome, então comecei a procurar por bandas de Rock das quais eu pudesse ser um fã. Naquela época eu escutava muito rádio (época boa na qual o rádio passava músicas boas de verdade e não ficava na cola das “modinhas”) e minha rádio preferida era a 98FM. A primeira música que gravei em uma fita K7 em toda minha vida foi extraída do rádio e era “Falling in Love (is hard on knees)” do Aerosmith. Naquela época eu nem imaginava o quanto o Aerosmith era famoso e tinha uma carreira longa.
Por que estou citando essa fita K7? A resposta é bem simples, nessa mesma fita onde gravei a música do rádio, também gravei a música “Holier than thou” sem saber que era do Metallica e é justamente sobre o Metallica que essa postagem irá falar. Naquela época o Metallica lançou o clipe da música “The memory remains” e a partir dele comecei a procurar coisas sobre a banda. Pedi a um amigo que gravasse para mim em uma fita algumas músicas dos Cd’s que ele tinha que eram o “Black álbum”, “Load” e “Re-load”. Esse amigo fez uma pequena compilação com músicas como: “The unfogiven”, Nothing else matters”, “The house that Jack Built”, “Until it sleeps”, “Mama said”, “The memory remains”, “Fuel”, “Devil’s dance” e outras das quais não me recordo.
Escutei essa fita muito até encontrar outras bandas. Na verdade, antes de mesmo de começar a gostar de Nirvana eu escutava muito Metallica. Com quinze anos eu tinha vontade de pintar nas costas de uma blusa de frio a palavra “Kill’em all” nome do primeiro álbum do Metallica que significa algo como “morte a todos”. E foi na época em que descobri o Nirvana que reencontrei uma velha amiga de escola chamada Alice. A banda favorita da Alice era o Metallica e graças a isso voltamos a nos falar. Em todos os recreios nós ficávamos conversando sobre música e mídia em geral. Tudo o que ela encontrava relacionado ao Nirvana ela me mostrava e tudo o que eu encontrava relacionado ao Metallica eu mostrava a ela. Eu consegui pegar emprestada uma fita contendo as músicas do primeiro álbum do Metallica para emprestar a Alice, ela comprava pôsteres do Nirvana para mim, eu consegui um livrinho contendo a história do Metallica até aquela época para ela e ela recortou de um jornal uma reportagem sobre Nevermind do Nirvana, isso para citar algumas coisas que costumávamos fazer. E foi isso por uns dois ou três anos.
Foi graças a Alice que escutei o álbum “Masters of Puppets” do Metallica e também o “Garage inc”. Porém nossa amizade não se resume apenas a essa “troca musical”. Por muitos anos ela foi uma fiel e verdadeira amiga, até que chegou o ano dela terminar o ensino médio. Depois disso perdemos contato porque ela foi para Ibirité e apenas nos reencontramos umas duas vezes. Estou desviando um pouco o assunto sobre o Metallica porque toda vez que vejo ou escuto algo referente ao Metallica me lembro de imediato da Alice, (até meus dezenove anos eu só tinha ouvidos para Nirvana, Silverchair e Metallica).
Quando o Metallica lançou “St. Anger”, eu fiquei morrendo de vontade de conversar com a Alice sobre o álbum, porque a banda estava com um baixista novo, o Robert Trujillo, um cara gigantesco que toca baixo incrivelmente bem (acho demais quando ele começa a engatinhar pelo palco carregando seu baixo, parece até um boneco de pilha), porém não pude fazê-lo. Me lembro de como nós dois ficávamos falando sobre todo o acontecimento sobre a morte de Cliff Burton e o quanto achávamos que ele tocava bem. Pensávamos que era praticamente impossível substituir um baixista com todo o talento dele e entrávamos em consenso ao acreditar que por mais que Jason Newsted tocasse bem, ele nunca chegaria a tocar tanto quanto Cliff (isso sem desmerecer todo o trabalho do cara no período em que esteve na banda).
Enfim, essa postagem é meio que um desabafo pessoal sobre a falta que eu sinto da minha grande amiga Alice. Por isso dedico essa postagem a ela e sua banda favorita que fez meus ouvidos no início da minha adolescência. Confesso que hoje em dia já não escuto Metallica tanto quanto antigamente (as músicas do Metallica são muito longas. Acho que desde sempre a “pressa” das músicas do Punk Rock me atraem mais), mas ainda assim sou um fã das antigas dessa banda histórica que sempre merecerá ser vista ouvida e apreciada.
P.S: Espero algum dia poder reencontrar a Alice de alguma forma.

O baixista mais foda que eu já vi
Abaixo deixo um vídeo do Metallica. Me lembro de tê-lo visto em uma fita VHS que a Alice me emprestou há muito tempo.

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