sábado, 4 de fevereiro de 2012

Pokémon













Confesso que não sou fã dessa série, mas não posso negar que quando a febre da série estourou no Brasil, também fui pego por ela. O anime estreou no Brasil em 1999 (época em que os animes já eram bastante populares por aqui, mas não eram respeitados pelas emissoras televisivas que somente exibiam os que possuíam mais fama no exterior. Claro que a situação de lá para cá não mudou muito.), sendo baseado em um jogo de Game Boy lançado no Japão em 1996. Naquela época eu era louco para adquirir um Game Boy, não por causa do jogo do Pokémon, mas por querer um vídeo game portátil.
Pois bem, o anime ganhou popularidade por aqui tão rápido quanto no resto do mundo e alavancou as vendas dos jogos e do próprio Game Boy, que por sua vez ajudou na divulgação do anime. No princípio o desenho parecia ser interessante. O enredo era novidade total. Você ter que escolher um bichinho com poderes para iniciar a sua jornada e ainda ter a possibilidade de capturar todos os demais bichinhos fez muita gente ficar louca e até perder o sono virando noites jogando o jogo (Não sei se exagerei com esse comentário, mas tenho quase certeza de que muitas pessoas que tinham o Game Boy devem ter passado madrugadas jogando).
Eu nunca fui muito fã de animes com bichinhos fofinhos e não concordo com a ideia de que o treinador de Pokémons considere seu bichinho como um amigo. Afinal que tipo de amigo coloca o outro para brigar em um campo de batalha apenas para adquirir o status de campeão? Para mim é muito egoísmo da parte do treinador. Vocês gostariam de ver um amigo se ferrando todo em uma briga apenas para vocês serem vistos como campeões de alguma coisa? Bom, isso varia de cada um. Então vamos mudar o rumo da conversa.
Na verdade naquela época não tinha como fugir da onda gigante chamada Pokémon que chegou com tudo no Brasil e deixou muitas pessoas com febre. O anime já havia chegado com uma polêmica lhe envolvendo. Em determinado episódio em que o Pikachu disparou seu poder, muitos japonesinhos tiveram ataques epiléticos causados pelos efeitos de luz do anime. Claro que o episódio não passou aqui no Brasil para não criar problemas, mas que o fato virou tema de conversas em vários lugares isso ninguém pôde evitar. Até mesmo Os Simpsons fizeram piada com o acontecido em um episódio em que foram para o Japão e todos caíram no chão ao ver um desenho de batalha de robôs (o legal foi que o Homer foi o único que não foi atingido. Fora que o episódio é bem legal).
O primeiro ano do Anime foi bem fiel ao jogo. Muitos jogos da versão vermelha e azul foram vendidos aqui no Brasil. Para a felicidade de muitos, a versão amarela do jogo foi lançada, com a diferença de que o protagonista era o Pikachu. No Japão o jogo foi ganhando força e novas versões que nem mesmo chegaram por aqui. (Já ouvi boatos de que existe a versão verde, a versão preta e a versão branca desse mesmo jogo. A verde eu sei que é verdade, mas das demais já não posso comprovar.). O Game Boy se tornou um console cobiçado por muitos. E aproveitando a onda, revistas especializadas em jogos sortearam quites com um jogo do Pokémon, um Game Boy e um Cabo Game Link (para troca de bichinhos entre amigos). Graças a isso percebi a oportunidade em finalmente adquirir meu Game Boy, pois não tinha condições de comprar. (Levanta a mão quem participou da promoção da Nintendo World.).
Ter um Game Boy era meu sonho de consumo naquela época. Eu era louco para ter o console e poder jogar Teenage Mutant Ninjas Turtles 3, Street Fighter 2, Super Mario Land, Volley Fire, entre outros títulos. Sabia que o console consumia quatro pilhas pequenas, mas não me importava porque li em algum lugar que a duração das pilhas chegava a oito horas de jogo ininterrupto. Não consegui vencer o concurso da Nintendo World, mas o console continuou evoluindo, ganhando as versões Color e Advance. O Anime do Pokémon também seguiu em frente. Eu passei a ter outros sonhos consumistas logo em seguida ao querer uma guitarra (também porque havia conseguido um Game Boy emprestado com um colega de escola e vi que a história das oito horas de jogo ininterrupto era balela. O console devora pilhas.).
Quanto ao Anime, desisti de acompanhar a partir do segundo ano. Ficou muito monótono. Os personagens permaneceram do mesmo jeito, quando deveriam ter sido trocados como aconteceu nas novas versões do jogo. Com o tempo até mesmo as emissoras desistiram de Pokémon, (atualmente a série é transmitida pela Rede TV, mas ninguém se lembra disso de tão bom que o desenho ficou. Se é que vocês me entendem.). No Japão o Anime é transmitido até hoje, ganhando uma continuação a cada ano.
Fala sério. Se já enchia o saco ver no primeiro ano a Equipe Rocket chegar com seu lema capenga, o Brock cantando todas as calcinhas que passavam por ele, a Misty não admitir que gosta do Ash e o rapaz mudar de Pokémon sempre mas ter o Pikachu sempre na sua cola. Imagina ver essas mesmas coisas por mais de dez anos seguidos sem nenhuma novidade revolucionária... Credo parece até uma lavagem cerebral. Vocês devem estar se perguntando, onde eu quero chegar com essa postagem? Bem, eu não pretendia fazer nenhuma postagem sobre Pokémon, mas há alguns dias vi na internet um vídeo bem interessante feito por fãs.
Por mais que tenha sido apenas uma febre que já passou e de Pokémon ser mais um produto de entretenimento com fins lucrativos absurdos, também tem pontos positivos... Pelo menos o jogo tem. E por mais que não goste do Anime e tenha críticas pesadas sobre ele, o jogo trás uma sensação legal de nostalgia. Esse vídeo feito por fãs ficou bem legal e agrega de maneira bem humorada elementos presentes no jogo em si. Confiram aí.
 






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