sábado, 10 de novembro de 2012

Agora estou sozinha

Essa imagem peguei da internet em um site de vendas. A capa que mais gosto é a da direita, tem tudo haver com a trama.


Telmah é uma jovem que perdeu a mãe recentemente. Seu pai Cláudio está iniciando um novo e recente relacionamento com Alice, melhor amiga da mãe de Telmah. Algo no interior da garota parece alerta-la que a morte da mãe não foi uma simples fatalidade do acaso.
Em uma noite chuvosa, um grupo e amigas de Telmah se vê forçado a dormir na casa da garota e para passar o tempo, as meninas resolvem fazer um jogo que é temido por muitos jovens e desacreditado por vários adultos. O jogo do copo. Um jogo que idealiza uma conversa com o espírito de alguém preso dentro do copo de vidro. O que para algumas das garotas não passa de uma brincadeira de mau gosto, para Telmah é uma mensagem de socorro de sua mãe pedindo vingança por sua morte.
É quando Telmah levanta teorias que podem incriminar uma pessoa muito querida para ela. Para reunir provas e descobrir toda verdade, Telmah finge ter enlouquecido e acaba sendo internada em uma clínica psiquiátrica. Começa então uma aventura na qual Telmah não pode confiar em ninguém com o simples objetivo de desmascarar o verdadeiro responsável pela morte de sua mãe.
Não dá para falar muito sobre esse livro sem fazer muitos spoilers. É um livro que apesar de ser curto é bastante instigante, capaz de nos prender a ele o tempo todo. Na verdade quando eu o via nas estantes, não esperava muito. Mas não fiz cerimônia quando tive a oportunidade de lê-lo. Me vi bastante surpreendido com o que encontrei. À medida que a leitura foi se avançando, desejei que o livro fosse mais longo para que pudesse me aprofundar mais ainda nessa aventura.
Pedro Bandeira é um escritor como poucos que apesar de fazer em muitas de suas histórias adaptações de peças teatrais, acaba criando mundos e personagens completamente novos. No caso de “Agora Estou Sozinha”, a adaptação foi da história de Hamlet. O nome da protagonista da história é o avesso do nome de Hamlet. (Me lembra o jogo Castlevania Simphony of the Night, onde o nome do protagonista é Drácula ao contrário. Afinal Alucard é o filho do Drácula.).
O próprio autor citou uma semelhança entre Telmah e Isabel de “A Marca de uma Lágrima”. Mas mesmo após ter lido as duas histórias, continuo a preferir a Isabel. Nada contra Telmah, também a achei fascinante, mas acho que a Isabel conseguiu me tocar mais profundamente. Talvez se “Agora Estou Sozinha” tivesse sido mais longo, eu poderia ter me envolvido mais com Telmah.
Outra característica que se pode ser citada sobre “Agora Estou Sozinha”, é a pegada um pouco sombria do início que acaba nos prendendo e que se transforma no decorrer das páginas. Enfim, esse é um livro muito bom que acaba surpreendendo quem o lê. Eu particularmente o recomendo não por ser mais um livro do meu autor favorito, mas por conter um bom conteúdo mesmo.

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